Curta paraibano ‘Esperançar’ foi exibido na mostra paralela e dividiu a noite com produções nacionais e internacionais

Em sessões com salas lotadas, o filme criado coletivamente por alunos de uma escola pública da capital paraibana, dividiu a noite de terça-feira com produções de Cuba, República Dominicana, e dos estados da Bahia e do Paraná. 

O curta paraibano ‘Esperançar’ foi exibido na mostra paralela Hors Concours e se trata de uma adaptação cinematográfica dirigida por Flavinho Ramos de um espetáculo homônimo, criado pelos estudantes do grupo Kairós, da Escola Padre Pedro Serrão, do bairro do Cristo Redentor que fica na cidade de João Pessoa. 

O evento contou com a presença do prefeito da capital Cícero Lucena, que se emocionou com a participação dos jovens estudantes. “Se eu for ser sincero, e serei, estou com mais vontade de chorar do que de falar”, iniciou o prefeito sobre o filme.

“A esperança é de que isso seja uma semente muito fértil para que a gente possa identificar cada vez mais os talentos que existem nessa cidade, nesse estado, nesse país, mas sempre com a responsabilidade daqueles que podem e devem contribuir para que nós possamos abrir portas de oportunidades e gerar uma maior justiça na relação entre as pessoas e também na sociedade”, complementou o gestor. 

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A peça que originou ‘Esperançar’ aborda temas como a seca e suas consequências de forma crítica, destacando o papel da educação pública na transformação social. O projeto ganhou visibilidade e apoio da gestão municipal de João Pessoa que, em parceria com a Cidade da Imagem, de São Paulo, levou o espetáculo das salas de aula para a tela do cinema. O curta foi filmado na antiga Fábrica Matarazzo, no Centro Histórico de João Pessoa, que está sendo transformada em um polo de audiovisual pela Prefeitura.

Imagens concedidas pela direção do filme

Sylvia Aronne, CEO da Cidade da Imagem, de São Paulo, e considera ‘Esperançar’ o trabalho mais especial de sua carreira. “Esse foi um trabalho muito puro. Fui para a periferia de João Pessoa assistir de perto o trabalho do professor Flavinho Ramos, que eu considero um herói. A gente acompanhou todo esse processo para transformar essa peça de teatro num filme e, a partir dali, percebemos o talento dessas crianças. A dedicação é tão grande quanto os grandes profissionais com quem eu trabalhei na Europa e pelo Brasil”, avalia.

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(Foto da capa da natéria: Natália Di Lorenzo)