FestincineJP – Audiovisual: gerador de emprego e renda
A segunda edição do FestincineJP foi um sucesso! De 26 de maio a 1º de junho, o festival atraiu cerca de 4 mil espectadores para assistir gratuitamente a 42 filmes, incluindo a estreia nacional de ‘O Último Pub’, com a presença do protagonista Dave Turner, na obra do diretor vencedor da Palma de Ouro em Cannes, Ken Loach. Foram ao todo 665 inscrições para as Mostras Competitivas com títulos de 12 estados brasileiros, além de produções do Chile, Colômbia, França, Cuba, República Dominicana, Estados Unidos, Argentina, Reino Unido, Bélgica e Martinica.
No ambiente de mercado, o Festival promoveu cerca de 170 atendimentos, entre rodadas de negócios e contatos com players nacionais, e fez circular cerca de R$ 3 milhões na economia.
E um evento dessa dimensão, contou com o trabalho de mais de cem profissionais. Entre eles equipes de logísticas, curadoria, produção e que também fortalece outros setores.
Neide Araújo é proprietária do restaurante que atendeu aos convidados e a equipe do evento. Ela conta que o estabelecimento forneceu mais de 800 refeições e para atender a demanda do FestincineJP, abriu o local também pela noite e contratou funcionários extras. “O movimento ajudou bastante! É muito gratificante também participar desse evento que é muito importante pro Estado. Repercutiu bastante, reforçou nossa renda e contratamos 8 funcionários extras. ’’ Completa Neide.
Na produção do FestincineJP foram mais de 60 profissionais envolvidos. Kevyn trabalhou nesta e também na primeira edição e conta que além da renda extra, o festival também proporcionou muita experiência na área do audiovisual. “Eu nunca tive contato com uma produção muito grande assim até trabalhar no FestincineJP. Estar uma semana inteira trabalhando em um festival dessa proporção é impactante! Além da ser uma renda extra né! Está me ajudando muito!” comenta Kevyn Kel.
Iara Holanda reforçou a equipe do transporte e conta como foi trabalhar como motorista pela primeira vez em um evento assim. “ É um extra que faz toda diferença no fim do mês! Tem que ser tudo bem organizado, pessoal muito gente boa, fazemos amizades e é uma oportunidade muito boa! Movimenta a cidade, movimenta tudo ’’ afirma Iara.
Em entrevista ao podcast do FestincineJP, Bertran Lira que é cineasta e homenageado desta edição, relembrou a importância de mostrar que o cinema não é só o filme na tela . “tem uma produção que envolve muita gente, pessoas que não são artistas no geral. No set de filmagem, tem quem vai servir a refeição, pousadas e hotéis que precisamos alugar, o cinema envolve toda uma cadeia de renda dessas pessoas né, tudo isso o cinema envolve.” Ressalta o cineasta.
‘La Suprema‘ é o grande vencedor do 2º Festival de Cinema Internacional de João Pessoa
Premiação consagrou o longa metragem colombiano,de Felipe Holguin Caro, que conquistou os troféus de Melhor Filme, Melhor ator e Melhor Fotografia
La Suprema’ foi o grande vencedor do 2º Festival de Cinema Internacional de João Pessoa (FestincineJP), promovido pela Prefeitura da Capital, por meio da Funjope. O longa-metragem colombiano do diretor Felipe Holguin Caro levou ao todo três prêmios, incluindo o de Melhor Filme, Melhor Ator e Melhor Fotografia. A cerimônia aconteceu na noite de ontem, primeiro de junho, no Centerplex do Mag Shopping, consagrando a história de uma jovem que deseja ser boxeadora.
(Imagem filme: ‘La Suprema’)
Para o Júri do Festival, a escolha se deu pelo modo sensível que o filme coloca o espectador em contato com uma humanidade de sonhos e força coletivos, e pela habilidade em transpor para a ficção uma história real com beleza e encantamento. ‘La Suprema’ brilhou contando uma história real que se passa em uma cidade no Caribe colombiano apagada do mapa, onde não há eletricidade.
O prêmio foi recebido na cerimônia pelo diretor, que falou com emoção sobre o reconhecimento dado pelo FestincineJP. “Me encanta poder receber esse tipo de reconhecimento. Isso valoriza o objetivo da história de ‘La Suprema’, por meio dessa comunidade que existe, que é real no Caribe colombiano, por falar dos povos colombianos e latino-americanos e suas necessidades, as suas lutas. Estar aqui e poder compartilhar as histórias na tela grande e ir a diferentes países, vir ao Brasil para mostrar o filme, é a vitória maior e um sonho para mim”, comemorou Holguin Caro.
A noite de sábado destacou ainda o longa ‘Os Sapos’, de Clara Linhart. A produção carioca saiu da cerimônia igualmente com três prêmios: Melhor Direção, Melhor Roteiro e Melhor Montagem. ‘Os Sapos’ narra a história de Paula, que é convidada para um fim de semana numa casa de campo isolada. Em um cenário bucólico, a personagem se surpreende ao encontrar dois casais desconhecidos em profundas crises de relacionamento. A presença dela deflagra conflitos até então insuspeitos.
“Estou muito feliz e acho que as mulheres que estão aqui na plateia talvez se identifiquem comigo. Mesmo este sendo meu terceiro longa de ficção, a gente sempre se pergunta ‘será que eu vou ser capaz?’, ‘será que vou conseguir?’. Este é um estímulo grande que vocês me dão para continuar persistindo”, agradeceu Clara Linhart.
(Imagem filme : Os Sapos)
FORÇA DO AUDIOVISUAL
Em seu encerramento, o 2º FestincineJP se consolidou como um importante evento do país, seguindo o lema ‘Audiovisual: gerador de emprego e renda’. “Entregamos mais um bonito festival à cidade de João Pessoa, aos profissionais, à sociedade, aos produtores e a esse público, que tem sido maravilhoso aqui nas nossas noites. Fico muito feliz por todo esse momento que a Prefeitura de João Pessoa vive, que a cultura que a cidade está experimentando. A cultura brasileira está renascendo e a Funjope participa como protagonista desse processo de restauração da cultura”, assegurou Marcus Alves, diretor executivo da Funjope.
Este ano, os homenageados do Festival foram o ator Matheus Nachtergaele, o diretor Bertrand Lira e o coletivo de cinema ‘¡Las Luzineides!’. Antônia Ágape, a primeira cineasta negra da Paraíba, também teve sua obra celebrada.
CURTAS E CINENORDESTE
Entre os filmes de curtas-metragem, ‘La Perra’, da diretora Carla Melo Gampert, se consagrou como o maior vencedor, conquistando três prêmios: Melhor Filme, Melhor Roteiro e Melhor Som. Em 14 minutos, o curta acompanha uma menina-pássaro que deixa para trás a casa da família, sua mãe dominadora e sua fiel cadela para explorar sua sexualidade.
( Imagem filme : La Perra)
Além de ‘La Perra’, também tiveram motivos para comemorar dois curtas vindos do interior paraibano. Com dois prêmios cada, ‘Jacu’, de Ramon Batista, ganhou os votos do Júri Popular e como Melhor Filme na Mostra CineNordeste.
Por sua vez, ‘Serão’, de Caio Bernardo, garantiu os troféus de Melhor Direção e Melhor Fotografia entre os curtas-metragens, segundo o Júri. “Quando a gente começou a fazer cinema no Cariri, entendíamos que era impossível fazer cinema no interior. É possível, mas é bem difícil. Imagina em cidades com 3 ou 4 mil habitantes. A gente tem que convencer a tudo e a todos que o cinema é um meio de viver e de expressar o que a gente sente”, discursou Caio Bernardo.
MELHOR FILME: La Suprema (Dir. Felipe Holguin Caro; 2023; Colômbia)
MELHOR DIREÇÃO: Os Sapos (Dir. Clara Linhart; 2024; Rio de Janeiro)
MELHOR ROTEIRO: Os Sapos (Dir. Clara Linhart; 2024; Rio de Janeiro)
MELHOR FOTOGRAFIA: La Suprema (Dir. Felipe Holguin Caro; 2023; Colômbia)
MELHOR SOM: Sede de Rio (Dir. Marcelo Abreu Góis; 2024; Bahia)
MELHOR MONTAGEM: Os Sapos (Dir. Clara Linhart; 2024; Rio de Janeiro)
MELHOR ATOR: Antonio Jimenez, emLa Suprema (Dir. Felipe Holguin Caro; 2023; Colômbia)
MELHOR ATRIZ: Cássia Damascedo, em Solange (Dir. Nathália Tereza e Tomás Osten; 2023; Paraná)
JÚRI POPULAR: Cervejas No Escuro (Dir. Tiago A. Neves; 2023; Paraíba)
2) CURTA-METRAGEM
MELHOR FILME: La Perra (Dir. Carla Melo Gampert; 2023; Colômbia/França)
MELHOR DIREÇÃO: Serão (Dir. Caio Bernardo; 2024; Paraíba)
MELHOR ROTEIRO: La Perra (Dir. Carla Melo Gampert; 2023; Colômbia/França)
MELHOR FOTOGRAFIA: Serão (Dir. Caio Bernardo; 2024; Paraíba)
MELHOR SOM: La Perra (Dir. Carla Melo Gampert; 2023; Colômbia/França)
MELHOR MONTAGEM: Daisy (Dir. Catalina Kulczar; 2023; EUA)
MELHOR ATOR: Pedro Walisson, em Samuel Foi Trabalhar (Dir. Janderson Felipe e Lucas Litrento; 2024; Alagoas)
MELHOR ATRIZ: Zezé Motta, em Deixa (Dir. Mariana Jaspe; 2023; Rio de Janeiro)
JÚRI POPULAR: Jacu (Dir. Ramon Batista; 2024; Paraíba)
3) MOSTRA CINENORDESTE
MELHOR FILME EM LONGA-METRAGEM: Estranho Caminho (Dir. Guto Parente; 2023; Ceará)
MELHOR FILME EM CURTA-METRAGEM: Jacu (Dir. Ramon Batista; 2024; Paraíba)
4) PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI
LONGA-METRAGEM: Sede de Rio (Dir. Marcelo Abreu Góis; 2024; Bahia)
CURTA-METRAGEM: Cuaderno de Nombres (Dir. Cristóbal León e Joaquín Cociña; 2023; Chile)
MENÇÃO HONROSA LONGA-METRAGEM: Ramona (Dir. Victoria Linares Villegas; 2023; República Dominicana)
MENÇÃO HONROSA CURTA-METRAGEM: Samuel Foi Trabalhar (Dir. Janderson Felipe e Lucas Litrento; 2024; Alagoas)
2ª edição do FestincineJP contou com a mostra comemorativa Jayme Monjardim
A 2ª edição do FestincineJP contou com a mostra comemorativa Jayme Monjardim, que pela segunda vez participa do evento e é considerado o embaixador do festival.
“Eu sou um grande entusiasta deste festival em João Pessoa . Sempre quero estar presente, colaborar, contribuir com coisas novas. Pois são essas oportunidades que os diretores, atores , tem de mostrar seu trabalho. E eu acho que João Pessoa consegue receber todo mundo com muito carinho e muito amor. “ comenta Jayme.
Jayme Monjardim iniciou a carreira, dirigindo documentários e atuou como assistente de direção em produções como: Paula – A História de uma Subversiva (1979).
Diretor de novelas e minisséries da TV, estreou na direção de um longa-metragem com o filme: Olga (2004), inspirado na biografia escrita por Fernando Morais sobre a alemã Olga Benário Preste.
Os filmes exibidos durante os três dias da mostra Jayme Monjardim no FestincineJP foram : ‘O Vendedor de Sonhos’, ‘Olga’ , longa metragem que completa 20 anos e ‘O tempo e o vento’, exibido no último dia do festival .
O Vendedor de Sonhos’ – Dir. Jayme Monjardim; 2016; Brasil; 96’ [12 anos]
Sinopse: Um psicólogo decepcionado com a vida tenta o suicídio, mas é impedido de cometer o ato final por intermédio de um mendigo. Uma amizade peculiar surge e, logo, a dupla passa a tentar salvar pessoas ao apresentar um novo caminho para se viver.
’Olga’ – 2004; Brasil; 141’ [14 anos]
Sinopse:
A militante comunista Olga Benário é perseguida pela polícia e foge para Moscou. Na capital russa, Olga faz treinamento militar e fica encarregada de acompanhar Luís Carlos Prestes ao Brasil para liderar a Intentona Comunista de 1935, se apaixonando por ele na viagem. Com o fracasso da revolução, Olga é presa com Prestes. Grávida de sete meses, ela é deportada pelo governo Vargas para a Alemanha nazista e tem sua filha Anita Leocádia na prisão feminina do campo de concentração de Barnimstraße.
(imagem concedida pela direção do filme)
‘O tempo e o vento’– Direção: Jayme Monjardim / Drama |Classificação Indicativa: 14 |115 min. |2013
Sinopse:
O Tempo e o Vento é baseado na maior obra do escritor Erico Verissimo. O filme conta a história da família Terra Cambará e de sua principal opositora, a família Amaral, durante cento e cinquenta anos, começando nas Missões até o final do século XIX. Sob o ponto de vista da luta entre essas duas famílias, são retratadas a formação do Rio Grande do Sul, a povoação do território brasileiro e a demarcação de suas fronteiras, forjada a ferro e espada pelas lutas entre as coroas portuguesa e espanhola.
(Foto da capa : Natália Di Lorenzo)
FestincineJP promove 170 atendimentos no ambiente de mercado e fortalece o audiovisual em João Pessoa
A programação de ambiente de mercado da segunda edição do Festival Internacional de Cinema de João Pessoa, promoveu cerca de 170 atendimentos, entre rodadas de negócios, contatos com players nacionais e premiações.
As atividades foram concluídas nesta sexta-feira (31), na Usina Energisa, e reforçaram a proposta desta edição, que foi valorizar o audiovisual como gerador de emprego, renda e motor para o desenvolvimento.
“As ações para desenvolver o ambiente de mercado vão nos trazer resultados a longo prazo e acredito que vamos colher bons frutos pois oferecemos oportunidades concretas para capacitar produtores, diretores e roteiristas com profissionais que atuam nacionalmente”, afirmou Marcel Vieira, coordenador do Ambiente de Mercado do Festival.
Além de debates, oficinas, masterclasses, a programação também contemplou sessões de pitching. De acordo com o consultor Victor Lopes, os projetos participantes foram muito consistentes e diversificados. “Tivemos um documentário e cinco filmes de ficção. Todos projetos bastante avançados, boa parte deles com financiamento definido. Este é um sinal da capacidade e da potência do cinema paraibano e que eu espero que se traduza, se cristalize no mercado do audiovisual brasileiro, que precisa tanto dessa pujança e desta renovação”, disse Lopes.
Premiações
Os seis projetos selecionados para o Laboratório de Produção Executiva passaram pela avaliação de uma banca formada por cinco executivos do mercado audiovisual nacional.
O filme ‘Arquitetura de um afeto’, dirigido por Manoel Fernandes Neto, conquistou dois prêmios: o primeiro no valor de R$ 10 mil, ofertado pela Cidade da Imagem, e também um ano de isenção da taxa de associação do Cinema do Brasil.
A Stone Milk concedeu R$ 25 mil em serviços de finalização e a produção premiada foi ‘Bom dia, vizinho’, filme com direção de Jackson Kakito. Já “Ratox CH7”, dirigido por Arthur Lins, foi premiado com R$10 mil do Projeto Paradiso.
De acordo com o diretor executivo da Funjope, Marcus Alves, o ambiente de mercado é um dos principais tripés e diferenciais do Festival. “Quando pensamos o FestincineJP, estruturamos um Festival que vai além da exibição e das competições, mas que também ofereça um ambiente de mercado como um espaço de formação. Esta é nossa marca. Nós queremos fazer um festival que dê base de sustentação para o audiovisual de João Pessoa”, disse Marcus.
(Foto da capa – Natália Di Lorenzo)
6 º dia do FestincineJP é celebrado com homenagem ao coletivo paraibano de audiovisual Las Luzineides
Fechando o ciclo dos homenageados da segunda edição do FestincineJP, foi a vez do Coletivo Las Luzineides representado por : Christine Lucena, Ana Bárbara Ramos, Ana Isaura Dinniz, Katiuscia Furtado , Ana Rogéria Araújo e Liuba de Medeiros.
Fundado em 1998, o grupo formado só por mulheres marcou época ao desafiar obstáculos técnicos, adotando um estilo de produção de ‘guerrilha’ em uma linguagem anárquica. Inovando ao fazer um cinema urbano, ¡LasLuzineides!
Elas subiram ao palco e receberam das mãos do chefe da divisão de audivisual da Funjope, Paulo Roberto, uma obra de arte feita pelo artista plástico Paraibano Chico Ferreira.
“Eu estou muito feliz! Estamos representando o coletivo de audiovisual da Paraíba, não só a gente, mas muitas mulheres que fazem audiovisual no Estado . E depois desse tempo todo , mais de vinte anos e a gente continua trabalhando na área, e hoje, homenageadas! “ diz Christine Lucena.
(foto concedida pelo Coletivo Las Luzineides)
No acervo das Las Luzineides ,obras que vão desde colagens , fanzines até videoclipes e curta-metragens .Tudo feito bem no estilo Las
Luzineides: autoral , autêntico , criativo e também com muita força de vontade.
“É um trabalho que na época destoava muito do que vinha sendo feito no audiovisual paraibano . E a gente veio com uma linguagem mais solta de fanzine , videoclipe , colagens , então é uma contribuição que a gente teve e tem.” Ressalta Ana Regina.
Pela tarde no centerplex, durante a mostra coletânea Curtas dos homenageados, foram exibidas nove peças realizadas pelo coletivo Las
Luzineides. E ver as obras na telona pela primeira vez é um sentimento único pra elas.
“A gente sempre quis! Foi muito bom dividir com o público. Ver na tela grande. Nunca tínhamos visto assim .” Comenta Ana Bárbara .
Mais do que ser homenageadas no festival, muitas delas também aproveitaram a programação voltada para o ambiente de mercado .
“É bem legal sempre ter essa troca , a gente tá longe desses mercados de audiovisual vem pra cá, a gente aproveita tudo !” ressalta Ana Isaura.
Na noite de sexta- feira também teve a festa das homenageadas na boate 220w.
Foto de capa: Natália Di Lorenzo
Filme europeu ‘O Último Pub’ tem pré-estreia gratuita no FesticineJP e conta com a presença de Dave Turner, protagonista da obra
O 2º Festival Internacional de Cinema de João Pessoa está chegando ao fim, mas não sem antes apresentar um destaque de sua programação: a pré-estreia nacional do filme ‘O Último Pub’, produção europeia com estreia prevista para o dia 8 de agosto nos cinemas do Brasil. O longa-metragem será exibido às 20h deste sábado, primeiro de junho, e contará com a presença de Dave Turner, protagonista da película e que já se encontra em João Pessoa.
(Imagem concedida pela direção do filme)
Turner está na capital paraibana para acompanhar o FestincineJP e participar da pré-estreia nacional de ´O Último Pub’. Em entrevista a jornalistas paraibanos, ele destacou a ótima receptividade, a organização do festival e disse que se sentia muito feliz em lançar o filme no Brasil, já que o diretor Ken Loach passa por um momento delicado.
Na entrevista, o ator explicou que a produção discute a dificuldade dos refugiados sírios na Inglaterra e tem um caráter muito importante, pois é composto por atores que vieram do país que está em guerra civil desde 2011.
“O filme foi feito por pessoas que, de fato, são refugiadas sírias. Isso traz essa importância do filme, porque teve boas-vindas da comunidade síria. Essas pessoas são ouvidas nesse filme e isso é muito dramático, porque são pessoas que às vezes foram torturadas, atingidas por essa crise”, disse o ator.
Dave Turner tem no filme seu primeiro grande trabalho. Antes, o ator trabalhava como Bombeiro na Inglaterra e foi esta experiência que o aproximou de questões sociais e trabalhistas. Anteriormente, ele fez duas participações em produções de Ken Loach.
(Foto: Matheus dos Reis)
Antes de ser ator, Turner passou mais de 30 anos no serviço de bombeiros e se aposentou em 2014. No mesmo ano, recebeu um convite para fazer o filme ‘Eu, Daniel Blake’. Dave recebeu um telefonema de Ken em 2021 e o ofereceram-no o papel principal de ‘O Último Pub’. O longa teve grande repercussão no Festival de Cannes, no ano passado, e foi anunciado como o filme de despedida do diretor Ken Loach.
Com distribuição da Synapse Distribution, no longa, Dave Turner interpreta TJ Ballantyne, um dono de pub da cidade de Blaydon, que luta para manter o local em funcionamento. O drama, que trata sobre fragilidades e esperanças, é dirigido pelo premiado diretor britânico Ken Loach, de 87 anos, vencedor do Palma de Ouro em 2016, com o filme ‘Eu, Daniel Blake’.
Pré-estreia nacional ‘O Último Pub’ acontece no Centerplex (Mag Shopping), Sala 3, 20h Entrada gratuita* *As sessões do FestincineJP são gratuitas. Porém, as salas de cinema estão sujeitas à lotação. Os ingressos serão distribuídos 30 minutos antes de cada sessão, por ordem de chegada na fila. Será apenas fornecido um ingresso por pessoa.
Sinopse:
No último filme de Ken Loach, o dono de um pub luta para manter seu negócio vivo em uma cidade decadente. Quando refugiados sírios começam a ocupar as casas vazias da região, a tensão aumenta e a união dos habitantes locais é colocada à prova.
Direção: Ken Loach |Gênero: Drama | Classificação indicativa: 16 anos|Duração: 113 min| Ano de produção: 2023|País de origem: Reino Unido, França e Bélgica.
Filmes da Paraíba, Ceará, Colômbia, Estados Unidos, Martinica e França marcam a continuidade das Mostras Competitivas
O quinto dia do FestincineJP, realizado no Centerplex do Mag Shopping, foi marcado por uma programação intensa e variada, destacando lançamentos literários e a continuidade das Mostras Competitivas com filmes da Paraíba, Ceará, Colômbia, Estados Unidos, Martinica e França.
A programação cinematográfica teve início às 14h com a Mostra CineNordeste, apresentando o curta paraibano ‘Aracati’, de Veruza Guedes; e o longa cearense ‘Estranho Caminho’, de Guto Parente. Este segmento do festival destaca produções que exploram a diversidade cultural e as narrativas cinematográficas nordestinas, contribuindo para sua difusão e debate.
Com a exibição de filmes nacionais e internacionais, foi apresentado o curta da Paraíba ‘Serão’, de Caio Bernardo. A projeção foi seguida pelo longa documentário ‘Sede de Rio’, produção baiana do diretor Marcelo Abreu Góis. O filme acompanha a peregrinação fluvial de Nir, o último capitão ribeirinho de grande embarcação através do Rio São Francisco. Anualmente, Nir realiza uma jornada espiritual a bordo da ‘Rainha do porto’ para pagar uma promessa em honra aos mortos levados por esse rio que ele tanto ama.
Outras duas produções assinadas por realizadoras estrangeiras completaram a programação do dia, a exemplo do curta estadunidense ‘Daisy’, da diretora Catalina Kulczar. O filme parte de um suicídio de uma mãe que leva a narradora numa busca para explorar a sua linhagem judaica e a história de imigração da sua família ao longo de múltiplas gerações, com a natação em águas abertas a tornar-se a sua forma de chegar a um acordo com o presente.‘Dayse’ antecedeu a exibição da coprodução Martinica/França do longa ‘Dancing the Stumble’, da cineasta martinicana Wally Fall.
DESTAQUES DA SEXTA-FEIRA (DIA 31)
O FestincineJP chega ao seu sexto dia com uma programação destacando produções do Nordeste brasileiro e uma coletânea de curtas do coletivo ¡Las Luzineides!. Além disso, a noite conta com exibições de filmes argentinos. Confira abaixo os destaques que serão exibidos hoje.
Mostra Competitiva CineNordeste – Dia 3:
14h [Sala 1]: “Jacu” – Dir. Ramon Batista; 2024; Paraíba/BR; 11’ [Livre]
14h [Sala 2]: Uma série de curtas-metragens dirigidos por Ana Bárbara, Ana Rogéria, Liuba de Medeiros e outros membros do coletivo, exibindo a criatividade e a diversidade do grupo.
19h [Sala 1]: “Corpos Invisíveis” – Dir. Quézia Lopes; 2023; Rio de Janeiro/BR; 76’ [10 anos]
21h [Sala 1]: “El Silencio del Corazón” – Dir. Fernando Lazzarini; 2023; Argentina; 20’ [Livre]
21h [Sala 1]: “Lo que queda” – Dir. Mariel Escobar; 2024; Argentina; 63’ [12 anos]
Homenagem ao Coletivo ¡Las Luzineides!
19h [Sala 1]: Celebração ao coletivo que tem contribuído significativamente para o cenário audiovisual.
Foto da capa: Natalia Di Lorenzo
5º dia do FestincineJP conta com Lançamentos de Livros na programação
São oficinas, palestras, filmes, mostras competitivas e perto das salas de cinema, na livraria do Luiz, o lançamento de livros marcaram o quinto dia de programação do FestincineJP.
O diretor e escritor Alfredo Manaevy apresentou o novo livro “Depois da última sessão de cinema: Spcine, audiovisual e democracia.” Ele também falou sobre a experiência de lançar o livro nesta edição do Festival. “O FestincineJP é o local ideial para falar sobre o livro , que se trata justamente de um sonho da construção de uma cinematografia , a experiência das politicas publicas em São Paulo. O esforço de pensar todas as etapas e produção do filme. Do roteito até a finalização e distribuição.” Explica o autor.
Foto : Natália Di Lorenzo
Sobre a obra:
Para além das telas grandes, o cinema se ampliou junto a setores como televisão, streaming, games e publicidade, constituindo o campo do audiovisual. A criação da Spcine impulsionou esse setor na maior cidade do país e foi um marco político cultural.
Em quarenta depoimentos inéditos, o leitor poderá se aprofundar na forma como produtores, cineastas, empresários, associações do setor, gestores públicos e políticos analisam o impacto do cinema e da Spcine a partir do que se realiza em São Paulo.
Foto: Natália Di Lorenzo
Já o livro ‘Trás ontonte’ é uma autobiografia de Fernando Teixeira, ator, diretor, dramaturgo, um dos atores mais respeitados do teatro paraibano. A publicação tem incentivo da Funjope, por meio do edital ‘Mãe Edith de Yansã’ e Lei Aldir Blanc.
Conhecido como o ‘homem das artes’, o livro de Fernando Teixeira fundou o curso de Teatro na Universidade Federal da Paraíba, o Grupo Bigorna e até o Teatro Lima Penante que fica na capital paraibana. Ele também tem contribuições valiosas ao cinema, a exemplo de ‘Parahyba Mulher Macho’, ‘Baixio das Bestas’, ‘O Sonho de Inacim’, ‘Aquarius’, ‘Os Incontestáveis’, ‘Deserto’ e ‘Rebento’, entre outros.
“Já tive várias experiências hÍper maravilhoas, experiências que não foram boas, mas são experiências . E uma coisa muito interassante e bom de se fazer é cinema. Não existe nada melhor do que um Set de fime.” ressalta Teixeira.
Sobre a obra:
Em cada página, um pouco da história do dramaturgo que se confunde com a do teatro da Paraíba. Para ter ideia de seu envolvimento, a primeira encenação de O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, foi encenada na Capital sob sua direção.
Foto capa da matéria : Natália di Lorenzo
Oficina de Pitching é uma das atividades gratuitas do FestincineJP, realizadas no ambiente de mercado da Usina Cultural Energisa
Victor Lopes é cineasta, roteirista, diretor de cinema, e comandou a oficia gratuita que abordou o desenvolvimento de projetos e técnicas de roteiro de Pitching.
Para ele, a maior definição de Pitching é dominar o discurso do seu filme para saber vender bem o projeto “ É uma atividade que não se tratar de um ato de venda e sim de um ato de ação. E nada melhor do que um festival como esse, para compartilhar informações e orientações ” Ressalta Victor .
Entre os participantes estava Maria Helena Barros. Ela disse que aproveitou a oportunidade da oficina para absorver o conteúdo e ver de perto as experiências das pessoas que já estão inseridas no mercado de trabalho .
“ Estou dando meus primeiros passos e vim ver o processo da execução da criação, no qual a gente ainda dentro de João Pessoa, não tem tanto acesso como no caso, Pitching “ comenta a jovem roteirista.
Durante os dias de programação na Usina, também teve o painel sobre: parcerias estratégicas para o cinema paraibano, que contou com a preseça de Luisa Lucciola ( Projeto Paradiso), Sylvia Aronel (Cidade da Imagem) e Eduardo Raccah ( Stone Milk) .
Foto : Natália Di Lorenzo
Eduardo ressalta a importância do tema que tem como foco colocar o produtor local em ação ou dentro de um plano nacional. “Certamente essa é uma das ideias do festival. É conectar o produtor daqui com o produtor de fora daqui. As pessoas representadas nessa mesa têm experiencias de mercado, sabem como as coisas funcionam em nivel nacional, as produções que estão distribuidas em 500, 600 salas de cinema, e é isso que a gente quer do cinema paraibano também .” complementa Raccah.
“A gente fica muito feliz de estar aqui em João Pessoa, eu tenho achado que a cena do audivisual aqui está crescendo. Ficando cada vez mais agitada, a gente está sentindo esse movimento e por isso estamos apoiando o FestincineJP pelo segundo ano.” Disse Luisa
Bertran Lira é homenageado e mostras competitivas continuam no 4º dia do FestincineJP
Foto: Natália Di Lorenzo
Bertrand Lira trabalha há mais de 40 anos com audiovisual, é um dos nomes mais respeitados do cenário paraibano. Ao lado da mãe, se emocionou ao receber uma obra de arte feita pelo artista plástico Chico Ferreira. “Me sinto honrado por esta homenagem, ainda mais ao lado de pessoas queridas e amigas como o coletivo Las Luzineides e o ator Nachtergaele. Estou muito feliz mesmo!” Disse o diretor de cinema.
O primeiro filme lançado por Bertrand foi “ Beba Cola Babe Cola”, gravado com câmara Super 8, sendo um dos pioneiros no estado. Além de roteirista e diretor, também atuou como professor do Departamento de Comunicação e Mídias Sociais da Universidade Federal da Paraíba.
Em entrevista ao videocast do FestincineJP, Bertrand Lira relembrou como foi a infância na cidade paraibana de Cajazeiras e contou que a paixão pelo audiovisual, veio desde quando era criança, quando brincava de como seria fazer cinema .
“o cinema também é uma forma da gente conhecer o mundo e outras realidades . Geralmente a norte- americana né ? Mas também outras realidades. Era uma forma de sair de Cajazeiras e conhecer o mundo”. Ressalta o homenageado. Essas e outras histórias você pode conferir aqui :
Durante o quarto dia do evento, também foi exibido o filme “ Seu amor de volta ( mesmo que ele não queira) “, longa metragem mais recente do diretor e que ganhou visibilidade do Canal Brasil, na primeira edição do FestincineJP.
Em duas salas de cinema aconteciam as mostras competitivas e Lincon garantiu o ingresso para primeia sessão. Ele trabalha como gestor de marketing, mas já atuou no áudio visual e conta que sempre gostou de participar de festivais . Por estar com a filha, optou pela ida ao cinema “ gosto de sempre levar pra participar dessas expressões artísticas e culturais para que ela conheça. E como eu vi que vai ter um filme de animação, viemos assistir.” Comenta Lincon Ferdinan.